Imagine viver numa sociedade, que não aceita a sua existência? Assim que nós pessoas gordas vivemos, entre a vida combativa, a construção do auto amor , e a exclusão social. A gordofobia que é aversão ás pessoas gordas , inclui falta de acessibilidade, uma vida preterida de aceitação estética, falta de atendimento humanizado na saúde, iatrogenia médica , não absorção no mercado de trabalho , imaginética pejorativa no que diz respeito a sexualidade, danos psicológicos por vezes irreversíveis.Há ainda o oportunismo capitalista , que estrategicamente se apodera da população gorda( cerca de 50% dos brasileiros, segundo a OMS), no mercado da moda Plus Size , que também utiliza recursos de opressão dos corpos, estipulando uma numeração limitada para os tamanhos de roupas,ou seja, se é pra ser gorda tem de ser até um determinado tamanho grande, geralmente até a numeração 52.
Os ativismos anti gordofobia são formados majoritariamente por mulheres , visto que os ataques gordofóbicos incidem muito mais ,no corpo feminino devido ao patriarcado, machismo, misoginia, racismo e segregação social. Todos os movimentos anti gordofobia são importantes para fortalecer a causa contra o preconceito, para validar os anseios em prol de políticas públicas efetivas, que credibilizem nossas lutas , e além de ser um anteparo emocional ,já que por meio dos coletivos, conseguimos encontrar sororidade entre as nossas iguais. Não fazemos apologia a falta de saúde, á gordura, a falta de amor.A própria indústria alimentícia cria mecanismos de vícios alimentares não saudáveis, a comida ” fast food” ,é promovida de forma globalizada, sendo assim, essa rede constrói uma massa consumidora de produtos danosos , em ataque oportuno , indústria do emagrecimento age para que as pessoas se sintam culpadas, penalizadas por não serem magras. Ser gorda não é ser doente , a obesidade de fato acarreta complicações, a comorbidade é latente para quem não se cuida, pessoa magra ou gorda. “NÃO SOMOS VÍTIMAS, SOMOS RESISTENTES Á UM SISTEMA EXCLUDENTE “.