O Setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), aponta que por volta de 800 mil indivíduos tiram a própria vida todos os anos. Contudo a referida organização alerta que a pandemia do COVID-19 agravou muito os fatores de risco associados a comportamentos suicidas e pediu pela priorização da prevenção ao suicídio.
Estudos com mais de 50% das pessoas que participaram de uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial no Chile, Brasil, Peru e Canadá um ano após o início da pandemia, relataram que sua saúde mental havia piorado. A pandemia ampliou fatores de risco associados ao suicídio, como perda de emprego ou econômica, trauma ou abuso, transtornos mentais e barreiras de acesso à saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que 90% dos casos de suicídio podem ser evitados e o principal meio de prevenção é o diálogo. O medo, o preconceito e, principalmente a falta de conhecimento acerca do suicídio, o constitui um mal silencioso, onde, na maior parte das vezes, o indivíduo não externa comportamentos com tendência suicida.
O “Setembro Amarelo” é uma iniciativa do CVV (Centro de Valorização a Vida), do CFM (Conselho Federal de Medicina) e da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatra), que começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994. Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como “Mustang Mike”. Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte. No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem “Se você precisar, peça ajuda.”.
A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio. A cor da campanha foi adotada pela história que a inspirou.
O Instituto Brasileiro de Avivamento ao Desenvolvimento Humano (IBADH) entendendo que é preciso estar sempre em alerta para entender os sinais daqueles que estão passando por transtornos e, principalmente, estender a mão à VIDA. Levantou a bandeira no mês de setembro para a campanha do setembro amarelo nas redes sociais e uma LIVE que contou com o psicólogo Gabriel Teixeira, mediado pelo presidente do IBADH, Lucas Bahia, para tratar do assunto.
Gabriel Teixeira é ativista pelos direitos humanos, com atuação por quase três décadas na defesa dos direitos da população LGBTQIA+ atuou por dois mandatos no Conselho Estadual LGBT, esteve como Coordenador Estadual de Políticas LGBT na SJDHDS. É psicólogo com atuação no campo da Psicologia Social e Psicoterapeuta. Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social pela UFBA. Mestrando em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação pela UNEB. Sud-Coordenador Estadual da Rede Brasileira de Educadores em Direitos Humanos – REBEDH.
O CVV realiza apoio emocional e prevenção ao suicídio atendendo voluntariamente e gratuitamente a todas as pessoas que precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail ou chat 24 horas por dia. Ligue grátis para 188 ou acesse: www.cvv.org.br